UMA BREVE HISTÓRIA DO TEATRO OCIDENTAL
Idealização e curadoria: Hamilton Vaz Pereira
Produção artística: Zé Helou
Ciclo de palestras de introdução à História do Teatro ocidental.
O ciclo contou a história do Teatro desde sua origem, passando pelo Teatro Grego, Teatro Romano, Teatro do Renascimento, Óperas, Encenadores dos séculos XIX / XX, Teatro Brasileiro, Teatro Norte Americano, Teatro do Absurdo, chegando até os dias de hoje.
As palestras, com 2 horas de duração, aconteceram sempre às sextas-feiras, de 20h às 22h, de abril a agosto de 2019, e foram ministradas por grandes nomes do teatro e da cultura brasileira, a exemplo, Geraldo Carneiro, Isabela Fernandes, Venício Fonseca e Érika Rettl (Grupo Teatral Moitará) entre outros.
O ciclo de palestras foi um potente espaço de encontro e trocas, onde oferecemos conteúdo para formar uma base teórica comum.
PROGRAMAÇÃO:
Encontro I - AS ORIGENS DO TEATRO
Tragédia e Comédia na Grécia Antiga
Palestrante: Isabela Fernandes
Dia 05/04/2019
Encontro II - TEATRO ROMANO
Notícias do palco e da dramaturgia romana. Variações da cena medieval cristã.
Palestrante: André Gardel
Dia 12/04/2019
Encontro III - TEATRO DO RENASCIMENTO I
Shakespeare e a invenção do Renascimento
Palestrante: Geraldo Carneiro
Dia 26/04/2019
Encontro IV - A MÁSCARA NA ENERGIA DO ATOR
Palestra-Espetáculo que reflete sobre a contribuição técnica e artística da Máscara Teatral para a formação do ator e desenvolvimento de um teatro essencial. Um passeio pela Commedia dell’arte e sua contribuição no trabalho de pesquisa e na trajetória do Grupo de Teatro Moitará, que completou 30 anos em 2018.
Encontro V - TEATRO DO RENASCIMENTO II
Duzentos anos de transformações do teatro francês: o neoclassicismo de racine, a comédia de molière, o romantismo da burguesia e o melodrama popular.
Na França, o século XVII apresenta grandes contrastes na cena teatral: ao lado de uma tragédia clássica que traz de volta o rigor das regras aristotélicas, a comédia de Molière debocha e revela as mazelas da alta burguesia francesa. No século XVIII, assistimos a chegada do Romantismo derrubando as regras e colocando em cena a classe burguesa com suas questões sociais e morais. Em seguida, o melodrama invade o palco popularizando o teatro, e permanecendo até hoje como uma das formas mais consagradas das artes cênicas.
Palestrante: Elza de Andrade
Dia: 10/05/2019
Encontro VI -TEATRO PRÉ-ROMÂNTICO
O teatro pré-romântico - Tempestade e ímpeto
Pretendo comentar as características do movimento cultural que posteriormente ficaria conhecido pelo nome de Sturm und Drang (“Tempestade e ímpeto”), uma espécie de prévia ou primeiro passo da grande revolução que representou o Romantismo na virada do século XVIII para o XIX. Vou levar em consideração três aspectos: (1) a relação desse movimento com o teatro; (2) a proposta de Shakespeare como modelo, contra Racine e o Classicismo francês; (3) o papel dos dois grandes autores da época, Goethe e de Schiller, na cultura alemã e no desenvolvimento do teatro moderno.
Palestrante: Pedro Sussekind
Dia: 24/05/2019
Encontro VII - QUANDO O TEATRO COMEÇOU A SER BRASILEIRO
Estudaremos como se formou a ideia de um teatro nacional, a partir de suas origens. De início um projeto educacional a serviço do colonizador, tocado pelos jesuítas, o teatro foi aos poucos adquirindo autonomia e identidade própria. Com a chegada da Familia Real e a construção do Teatro São Pedro, o país é invadido pelas companhias da Europa e seu repertório de peças estrangeiras. O surgimento do ator João Caetano joga luzes para a causa de um teatro nacional, que contra os cânones do bom gosto europeu, revela um talento e uma preferência maior para a comédia. Os grandes autores do século XIX e início do séc XX atingem maior sucesso nas comédias, e em torno delas vai se estruturando a visão de um teatro nacional, através das comédias de costumes, do teatro de revista, entre outros. A semana de arte moderna, embora não tenha tido efeitos imediatos no teatro, simboliza a culminância da valorização de uma brasilidade estética nas artes.
Palestrantes: Ivan Fernandes
Dia 31/05/2019
Encontro VIII – O DIÁLOGO ENTRE O TEATRO E A MÚSICA
A música sempre esteve presente no teatro de alguma forma. Desde o advento da ópera, porém, as histórias deixaram de ser exclusivamente contadas, passando a ser também cantadas, gerando um novo tempo narrativo, essencialmente não-realista. Música e teatro combinados podem gerar, porém, muitas outras formas de expressão, como no caso da música cênica no contexto da música de concerto.
Partindo de sua experiência como compositor de teatro e de música de concerto, Tim Rescala ministrará uma oficina de duas horas, mostrando as diferentes abordagens possíveis neste diálogo entre as duas linguagens a partir de sua própria obra e de outros compositores e autores.
Palestrantes: Tim Rescala
Dia 07/06/2019
(Encontro IX – A VIRADA DO SÉCULO XIX PARA O SÉCULO XX
Antecedentes do conceito de Naturalismo e do surgimento da função de encenador.
Ibsen: a narrativa realista e sua dissolução no Simbolismo.
Casa de bonecas/Espectros/Um inimigo do povo – John Gabriel Borkman/Quando despertarmos de entre os mortos.
Strindberg: Prefácio a Senhorita Julia.
Duque de Meininger e Antoine: a construção de unidade na estrutura da cena.
Stanislavski: a construção de uma estratégia para pensar o ator como criador na estrutura da cena.
Gordon Craig: a criação de atmosferas em lugar da descrição de lugares. O ator e a super-marionete.
Meyerhold e a biomecânica.
Palestrante: Antonio Guedes/ Fátima Saad
Dia 14/06/2019 - ADIADA PARA O DIA 30/08)
Encontro X – TEATRO BRASILEIRO
Companhia e mercado: modelos em transição
O surgimento do teatro brasileiro moderno, marcado pela fundação de grandes companhias – como o Teatro Popular de Arte (TPA) e o Teatro Brasileiro Moderno (TBC) – na efervescente década de 1950. A centralização da cena em São Paulo, relativizada pelo início do Teatro dos 7, o primeiro coletivo moderno do Rio de Janeiro, e do Teatro do Rio, ambos em 1959, grupos de menor porte, modelo acentuado ao longo dos instáveis anos 1960. Diferentes posturas em relação à dramaturgia revolucionária de Nelson Rodrigues, divisor de águas do teatro brasileiro desde a encenação de Ziembinski para Vestido de Noiva pelo grupo Os Comediantes, em 1943. O distanciamento crescente em relação ao formato das companhias empresariadas, apesar de iniciativas com aroma da década de 1950, como o Teatro dos 4, já a partir do final dos anos 1970. Um panorama que suscita uma reflexão sobre a transformação no conceito de companhia e na prática do teatro de mercado.
Palestrante: Daniel Schenker
Dia 28/06/2019
Encontro XI - Cavaleiros andantes do teatro: algumas aventuras no século XX
O século XX é o século da invenção do cinema falado: uma revolução na história imemorial do ATOR, que se completa com a reinvenção do teatro. Algumas artistas e alguns artistas que criaram utopias no “século do vento”, como o define Eduardo Galeano: Julian Beck, Judith Malina e o Living Theatre; Peter Brook; Ariane Mnouchkine e o Théâtre du Soleil; Grotowski; Eugenio Barba e o Odin Teatret; Boal, Zé Celso, João das Neves, Amir, Zé Renato, Oficina, Arena, Opinião. Dois cavaleiros andantes que trouxeram os ventos: Brecht, Artaud.
Palestrante: Aderbal Freire-Filho
Dia 05/07/2019
Encontro XII - BECKETT: Os sentidos provisórios
Palestrante: Marina Vianna
Dia 12/07/2019
--- Recesso de férias ---
Encontro XIII - COMPANHIAS DE TEATRO ANOS 60/70
Palestrante: Amir Haddad
Dia 02/08/2019
Encontro XIV – O TABLADO, TEATRO IPANEMA E ASDRUBAL TROUXE O TROMBONE
Palestrantes: Ricardo Kosovski e Hamilton Vaz Pereira
Dia 09/08/2019
Encontro XV - UMA REVOLUÇÃO SEM BOTAS
Grupos renovam a cena carioca, ainda cerceada pela ditadura.
A partir do famigerado março de 1964, todas as manifestações artísticas passaram a ser massacradas sob o abjeto taco da censura. No caso específico do teatro, incontáveis peças foram proibidas e as que conseguiram chegar à cena, em sua maioria o faziam mutiladas ou então apresentavam enredos metafóricos, nem sempre compreendidos pelo público. Mas tal recurso, em muitos casos, era o único possível. No entanto, no final da década de 70, a cena carioca começou a exibir uma verdadeira revolução, tanto do ponto de vista formal quanto de conteúdo. Vários e diferenciados grupos surgiram e conseguiram exibir seus trabalhos, talvez por serem considerados inofensivos pelos detentores do poder. E nos anos 90, além do surgimento de novos grupos, vários encenadores se destacaram. Por questões de adequação ao tempo disponível, nosso foco recairá sobre a trajetória artística do diretor Moacir Chaves (que estará presente) e as realizações dos grupos Atores de Laura, Cia. Dos Atores e Pessoal do Despertar, que estarão representados, respectivamente, por Suzanna Krugger, Gustavo Gasparani e Paulo Reis.
Palestrante: Lionel Fischer
Dia 16/08/2019
Encontro XVI - O TEATRO HOJE: O CENTRO ESTÁ EM TODA PARTE
Mesa: Pedro Kosovski e Marco André Nunes
Dia 23/08/2019
Encontro IX – A VIRADA DO SÉCULO XIX PARA O SÉCULO XX
(O Encontro IX foi adiado para o fim do ciclo em função da greve geral do dia 14 de junho)
· Antecedentes do conceito de Naturalismo e do surgimento da função de encenador.
· Ibsen: a narrativa realista e sua dissolução no Simbolismo.
· Casa de bonecas/Espectros/Um inimigo do povo – John Gabriel Borkman/Quando despertarmos de entre os mortos.
· Strindberg: Prefácio a Senhorita Julia.
· Duque de Meininger e Antoine: a construção de unidade na estrutura da cena.
· Stanislavski: a construção de uma estratégia para pensar o ator como criador na estrutura da cena.
· Gordon Craig: a criação de atmosferas em lugar da descrição de lugares. O ator e a super-marionete.
· Meyerhold e a biomecânica.
Palestrante: Antonio Guedes/ Fátima Saad
Dia 30/08
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